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Planear a escultura.

Se no início o meu lema era "consigo desenhar com um lápis consigo desenhar com arame" hoje penso "o que ganho em representar uma forma com arame e não com um lápis?" A técnica deve ser uma mais-valia à representação. Se vamos desenhar tridimensionalmente temos de tirar proveito disso. Como? Desenhar com arame permite:

 

- criar um objeto tridimensional

- explorar num só objeto as várias camadas /layers que constroem o seu significado.

- usar os significados pré-existentes na memória do espectador para "completar a imagem"

- associar ao objeto artístico uma função.

- suspender objetos por um ponto, que ao rodar sobre si mostra várias imagens.

- criar objetos transparentes extremamente leves.

Estas características técnicas devem estar presentes quando escolhemos o que queremos representar.

Em desafios propostos coloco alguns exercícios. Mas como começar?

    1-A maneira mais simples é terem o objeto fisicamente convosco. Isso permite-vos agarrar, rodar, explorar, conhecer o objeto por inteiro, dentro e fora, o que é?  o que emana? o que cheira? a que sabe? Depois pesquisar o mundo que gira em torno do objeto. Por exemplo, sendo uma planta, conhecer a sua semente, clima, efeitos medicinais, como outros artistas exploraram aquele tema. Podemos desenhar e tomar notas sobre o objeto, porque desenhar ajuda a recordar e a estruturar pensamentos.

    2- Escolher as linhas que vamos usar para o representar. Se já existem linhas (arestas) que definem mudanças de planos ou criam orifícios fulcrais no entendimento do objeto ( boca).

Se existem linhas que representam mudanças de materiais, cores ou texturas.

   3- Escolher as linhas de força desse objeto, que vão defini-lo e ser estrutura. Pensar como esse objeto vai existir no espaço real, se vai ficar sobre um pelintro, se pendurado no teto ou preso na parede (a estrutura será diferente para cada um).

Definir a estratégia, fazer um mapa mental das suas direções que nos permita com o menor numero de cortes chegar a todos os pontos do objeto. 

 4- Escolher a escala. Numa escala pequena a precisão tem de ser maior. Uma escala grande apresenta maiores desafios quanto à estrutura. A escala real é mais intuitiva e permite "copiar" medidas. A escala pretendida vai definir que arame utilizar.

  

 

 

  

    

 

 

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